Thoth é uma das mais importantes deidades do panteão Egípcio. Na arte, é comumente representado como um homem com a cabeça de um íbis (ave com pescoço longo e bico comprido) ou um babuíno, seus animais sagrados. Na maioria das pinturas, segura nas mãos um cajado - simbolizando o poder, e um ankh - a chave do Nilo (ou a chave da vida).
Thoth (ou Tot) é considerado o deus da sabedoria, inventor da escrita e patrono das artes e das ciências. Deus da lua, juiz dos mortos e deus do conhecimento e da escrita, Thoth é o deus escriba do antigo Egito. Alguns mitos sugerem que teria nascido do crânio de Seth ou do coração do criador, outros, que havia criado a si mesmo e que teria como irmã e companheira a deusa Seshat.
Inventor das palavras e do primeiro calendário, criou os cinco dias epagômenos, que permitiram com que Nut desse luz a Osíris, Seth, Isis e Neftis, pois Rá havia impedido tê-los no transcurso de um ano. Dentro do panteão egípcio, auxiliava a passagem das almas, durante o juízo de Osíris.
Era considerado o arquiteto que conhecia a forma de todas as coisas. Estava ligado a música como inventor da lira. É um deus primeiro ministro, o deus da sabedoria que obriga o soberano a atuar corretamente, certifica-se que as decisões sejam executadas, vigia a distribuição equitativa dos impostos e a legitimidade dos títulos de propriedade, convoca assembleias dos deuses quando a situação exige.
Com sua palavra ajudou a ressuscitar o desmembrado Osíris e foi juiz entre Hórus e Seth, cuidando em seguida dos ferimentos de ambos. Curou o olho lastimado de Hórus com sua saliva e conseguiu reimplantar os genitais de Seth. Ajudou Isis, durante a gravidez, nascimento e a cuidar do filho. Nem sempre utilizou sua sabedoria de para causas nobres, levando ao engano e a falsificação.
Talvez o papel mais importante de Thoth fosse o de juiz dos mortos. Em sua jornada pelo submundo os mortos eram trazidos por Anúbis até Tot para o julgamento. Seu coração, que os egípcios antigos pensavam ser o que continha o pensamento e a memória, era colocado em uma balança com a deusa da verdade Maat do outro lado. Se a medida fosse exata eles continuariam sua jornada pela além-vida. Se o equilíbrio não estivesse correto, Ammut - ser com a cabeça de crocodilo e juba de leão, emergiria de seu esconderijo e devoraria o espírito do morto. Thoth mantinha os registros destes julgamentos.
Um dos mais fascinantes mitos sobre Thoth é o que trata do "Livro de Thoth", um livro sagrado de magia que supostamente haveria existido no antigo Egito, mas que estaria em uma tumba ainda não descoberta, do príncipe Neferkaptah. O livro ensina segredos só conhecidos pelos antigos deuses, como o poder sobre a natureza e o dom de falar com animais.
O livro estaria guardado dentro de um baú dourado que reside em um baú prateado, por sua vez dentro de um de marfim e ébano, contido em um baú de sicômora (tipo de árvore) guardado em um de bronze que por fim fica em um de ferro. As chaves para estes baús estariam espalhadas pelo antigo Egito e o livro em si protegido por um guardião - porém o livro também é supostamente amaldiçoado e o mortais não devem lê-lo sem permissão divina.
Posteriormente, os gregos viam este deus egípcio como a fonte de toda a ciência, humana e divina, do Egito.
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